Na Liturgia deste Domingo, Solenidade de Pentecostes, veremos a vinda do Espírito Santo de forma pública, festa da Aliança, festa da entrega da Lei de Deus, escrita não mais na pedra, mas no coração de cada um de nós. Nos Evangelhos, vemos o Espírito Santo tomando conta de Jesus; agora, toma conta da Igreja. Nasce a Igreja. Agora é hora dela evangelizar, isto é, é hora de cada um de nós cumprir a missão que nos foi confiada.

No Antigo Testamento, Deus falava pelo fogo; agora, desce sobre cada um de nós: “Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles” (At 2,3).

A experiência de Pentecostes, manifestação do Espírito Santo, é uma narração simbólica da efusão, derramamento, força transformadora que acontece, também, em nós, quando fazemos a experiência forte de Deus em nossa vida. Jesus Cristo foi o nosso consolador, defensor, advogado, Primeiro Paráclito; agora, Ele nos manda o Outro Paráclito para continuar nos protegendo.

Na 2ª Leitura da Carta de Paulo aos Coríntios, a Palavra de Deus nos diz que cada um de nós é um dom, para o bem de toda humanidade. Quantas pessoas contribuíram para que Deus chegasse a nossa vida. Se hoje temos esperança e temos algum mérito, é porque alguém nos ajudou e a graça de Deus veio em nosso socorro. Então, cheios dos dons do Espírito Santo, somos instrumentos de salvação. Temos que acolher, e não desprezar, aqueles que fazem o bem, mesmo que o façam diferente de nós. Deus não precisa nos pedir licença para agir e se manifestar nos mais diversos ambientes.

Peçamos a Jesus que nos cure do medo de amar e de ser livres. Certamente, Jesus nos enviará seu Espírito Santo que nos recriará e nos capacitará para a grande missão: missão de ser feliz e doar a nossa própria vida.

Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.

Pe. Leomar Antonio Montagna
Presbítero da Arquidiocese de Maringá – PR