“Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo”

Na Liturgia deste Domingo, Solenidade da Santíssima Trindade, veremos, na 1ª Leitura(Ex 34,4b-6.8-9), na 2ª Leitura (2Cor 13,11-13) e no Evangelho (Jo 3,16-18), que celebrar o mistério da Santíssima Trindade é celebrar o mistério de um único Deus em três pessoas. No Prefácio da missa, rezamos assim:

“Ó Deus, com vosso Filho único e o Espírito Santo, sois um só Deus e um só Senhor. Não uma única pessoa, mas três pessoas num só Deus. Tudo o que revelastes e nós cremos a respeito de vossa glória atribuímos igualmente ao Filho e ao Espírito Santo. E, proclamando que sois o Deus eterno e verdadeiro. Adoramos cada uma das pessoas na mesma natureza e igual majestade” (Missal Romano, p. 379).

O mistério da Trindade tem uma revelação progressiva na história, como diz o Catecismo da Igreja Católica. São Gregório de Nazianzo, ‘o Teólogo’, explica esta progressão pela pedagogia da ‘condescendência’ divina:

“O Antigo Testamento proclamava manifestamente o Pai e mais obscuramente o Filho. O Novo manifestou o Filho e fez entrever a divindade do Espírito. Agora, porém, o próprio Espírito vive conosco e manifesta-se a nós mais abertamente. Com efeito, quando ainda não se confessava a divindade do Pai, não era prudente proclamar abertamente o Filho: e quando a divindade do Filho ainda não era admitida, não era prudente acrescentar o Espírito Santo como um fardo suplementar, para empregar uma expressão um tanto ousada […] É por avanços e progressões ‘de glória em glória’ que a luz da Trindade brilhará em mais esplendorosas claridades” (CIC, 683).

Viver a fé trinitária é viver no Deus amor, quem muito ama, muito se comunica, toma a iniciativa para o diálogo, para a paz, sempre disposto a perdoar e a começar de novo.

“Ó Deus, nosso Pai, enviando ao mundo a Palavra da verdade e o Espírito santificador, revelastes o vosso inefável mistério. Fazei que, professando a verdadeira fé, reconheçamos a glória da Trindade e adoremos a Unidade onipotente” (Missal, Oração da Coleta).

Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.