APÓSTOLOS PEDRO E PAULO: FORÇA E FRAQUEZA DOS CRISTÃOS

Celebrar a solenidade de São Pedro e São Paulo é reconhecer que eles foram e continuam sendo ‘rochas, colunas, base, lideranças da Igreja’. Representam, ao mesmo tempo, a força e a fraqueza dos cristãos; exerceram atividades e modos de seguir e servir a Deus diferentes, mas o que chama a atenção é a fidelidade a Jesus Cristo. Ambos foram chamados por Deus, não por seus méritos e qualidades, pois tinham um comportamento reprovável aos olhos humanos, mas eles não olharam para si mesmos, olharam para o ‘alto’, para o Senhor, e o seguiram. Ao responderem sim, foram marcados profundamente pela graça de Deus que até mudam de nome: Simão, por Cefas (Pedra, Jo 1,41), e Saulo, por Paulo. Estas experiências indicam que a conversão não é só mudança externa, mas mudança interior, mudança de identidade.

O apóstolo Pedro (pedra, rocha, firmeza) foi o primeiro papa e, neste, até hoje, temos a referência e a garantia da unidade dos cristãos católicos e do depósito da fé. O apóstolo Paulo era perseguidor dos cristãos: “Saulo, Saulo, porque me persegues?” (Perseguia pessoas e não Jesus). Uma luz o cercou (a do Espírito) e ele caiu por terra: “Senhor que queres que eu faça?” (At 9,4ss). Pós-conversão, assim como Jesus, Paulo se encarna naqueles que mais precisam.

Pedro e Paulo foram grandes testemunhas de fé e sabemos que Jesus confia grande responsabilidade a quem confessa com convicção que o seu Reino vai triunfar. Sejamos, também, testemunhas autênticas de nossa fé. Não haverá humanidade nova, se não houver, em primeiro lugar, pessoas novas que firmaram suas vidas na potência divina. “O homem contemporâneo escuta com melhor boa vontade as testemunhas do que os mestres, ou, então, se escuta os mestres, é porque eles são testemunhas”, já dizia o Papa Paulo VI (Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi sobre a Evangelização no Mundo Contemporâneo, 41).

Desejo que esta reflexão produza muitos frutos para o Reino de Deus.

São Pedro e São Paulo, rogai por nós!