Na Liturgia deste Domingo, XIX do Tempo Comum, veremos, na 1ª Leitura (1Rs 19,9a.11-13a), que o profeta Elias se encontra na seguinte situação: tem a vida ameaçada e, no meio das dificuldades, sente o peso da missão, sente que esta é superior às suas forças, mostra sinais de desânimo e deseja morrer. Fica com medo e foge em busca de um sentido para vida.
Na 2ª Leitura (Rm 9,1-5), o apóstolo está passando por grande sofrimento. Por quê? “Tenho no coração uma grande tristeza e uma dor contínua”. Porque seus ‘parentes’, que receberam as maiores provas, resistem e rejeitam o Projeto de Deus. Isto criava obstáculos à própria evangelização no meio dos pagãos. Então, Paulo põe em jogo a própria vida para salvar seu povo.
No Evangelho (Mt 14,22-33), vemos que Deus sempre está presente, não só quando tudo vai bem. Neste texto, Jesus manda os discípulos irem para o outro lado do mar. Jesus, também, orou a sós, pelo êxito da missão.
O texto relata, ainda, que o vento agitava as ondas e a barca com os discípulos corria o risco de não chegar ao final. Somente com suas forças, pereceriam. Nas crises e medos, e não vendo Jesus nos acontecimentos, isto é, não enxergam chances de salvação, pensam o pior. Jesus então se aproxima e lhes fala: “Coragem! Sou eu. Não tenham medo!”
Pedro deseja andar sobre as águas, mas logo começa a afundar. Por que Pedro afunda? Sente o vento contrário, tem dúvidas, fracassa na fé, pois olha mais para si mesmo do que para Jesus, se detêm mais nas dificuldades do que nas virtudes.
Participar da condição divina é superar os desafios, sem pretender que Jesus resolva tudo com um milagre mágico. O milagre é caminhar em meio aos desafios. Com Jesus no barco, o vento cessou, acalmou. A memória da presença de Deus é determinante para atravessar qualquer obstáculo. Jesus sempre caminha conosco, nós que, às vezes, não percebemos.
Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.
Pe. Leomar Antonio Montagna
Presbítero da Arquidiocese de Maringá – PR
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