“Onde está o Espírito do Senhor, ali está a liberdade” (2 Cor 3, 17)
Na Liturgia deste IV Domingo da Páscoa, veremos, na 1a Leitura(At 13, 14.43-52), a reação dos judeus frente à pregação de Paulo e Barnabé, por ocasião da conversão dos pagãos. Os Judeus pensavam ter o monopólio de Deus e da verdade, sentiam-se pessoas ‘religiosas’ e ‘de bem’, mas ficaram indiferentes às propostas cristãs. Os pagãos, ao contrário, responderam com alegria e entusiasmo, dispostos a seguir atentos à voz do Bom Pastor.
Os Judeus, por ciúmes, ridicularizam e põem em descrédito a mensagem dos apóstolos. Por estarem fechados, o projeto de Deus não penetra em quem põe obstáculos. Neste sentido, vemos que o anúncio da Palavra mexe com o sistema vigente e, por isso, os apóstolos não são aplaudidos, mas sofrem tribulação, são expulsos do local. Como única alternativa: rompem com tal tipo de gente: “Os apóstolos sacudiram contra eles a poeira dos pés e foram para outra cidade”. Será que os judeus se salvaram? Será que um dia alguém conseguiu falar-lhes ao coração?
A 2ª Leitura (Ap 7, 9.14b-17) mostra que os cristãos que permanecem fiéis na história, apesar dos desafios e perseguições, um dia, serão vitoriosos: “Estavam de pé diante do trono e do Cordeiro”.
No Evangelho (Jo 10, 27-30), Jesus se apresenta como o ‘Bom Pastor’, capaz de deixar as 99 ovelhas sadias para buscar a que se perdeu, que se machucou, encontrando-a; então, Ele a cura, carrega ao colo, salva.
O Bom Pastor, que é Cristo, propõe-nos fazer com Ele uma experiência de libertação. Pertencer a seu rebanho não é cair na massificação, mas ser preservado dela. “Onde está o Espírito do Senhor, ali está a liberdade” (2 Cor 3,17).
Pe. Leomar Antonio Montagna
Presbítero da Arquidiocese de Maringá – PR
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