Na terceira semana da quaresma, a liturgia nos chama a refletir sobre o tema da conversão.

No Evangelho segundo Lucas 13, 1-9, vemos que Jesus está atento aos problemas da realidade e faz uma indagação: Os sofrimentos, as tragédias, são castigos de Deus ou resultado das estruturas injustas da sociedade? Ele nos diz que o sistema que fez tais vítimas, e que o povo estava comentando, também poderá fazer novas vítimas, que poderá ser um de nós, um de nossos filhos ou alguém do futuro. Portanto, o pecado não é ato isolado, não são só os outros que precisam se converter, mas cada um de nós: “Se vocês não se converterem, não mudarem o modo de pensar e agir, vão perecer todos do mesmo modo”.

Para ilustrar a necessidade de conversão, Jesus menciona a figueira estéril, que plantada ao meio da vinha, não dá frutos. Nela, Deus nos dá uma nova chance para produzir frutos abundantes, dizendo que investirá em nós, ainda, por certo tempo e com os devidos cuidados. “É pelos frutos que se conhece a árvore”. Resta saber se o tempo já não está se esgotando.

Jesus, com essa forte passagem, quer mostrar que, atualizando a história salvação para os tempos de hoje, nós somos a figueira, escolhidos por Deus, para dar frutos e engrandecer o seu reino. Deus é misericordioso e sabe que muitas vezes não damos os frutos necessários e precisamos de conversão, mas precisamos iniciar imediatamente a mudança daquilo que nos afasta de dEle, para que não acabemos como uma figueira seca e estéril 🙏🏼✝️🙏🏼