Na Liturgia deste II Domingo da Páscoa, veremos, na 1a Leitura (At 2, 42-47), que a Comunidade Cristã é um espaço privilegiado para o encontro com Jesus ressuscitado. O texto mostra o retrato da comunidade continuadora da missão de Jesus. Jesus, agora, está vivo nas ações da comunidade e as pessoas aderem a esse novo projeto.
Na 2ª Leitura (1Pd 1, 3-9) o Apóstolo Pedro nos convida a louvar a Deus, porque, graças a ressurreição de Cristo, renascemos para a vida nova.
No Evangelho (Jo 20, 19-31), Jesus se revela na Comunidade. Jesus está vivo, para todos na Comunidade, e lá é que Tomé faz a experiência de Deus. Inicialmente, Tomé não estava na Comunidade. Por quê? Porque Jesus estava morto, ele estava abalado. Depois de ouvir, ele crê, professa, entrega sua vida, foi mártir. A fé brota da dor, das provas de amor, não só das evidências sobre Jesus e das grandes liturgias. Antes, na fraqueza da fé, ele dependia de sinais, de milagres, depois ele entende que os sinais nos são dados “para que o mundo creia em Jesus”.
Hoje, também, celebramos o domingo da ‘Divina Misericórdia’.
A palavra misericórdia, em latim, vem da expressão ‘miser cordis’, ou coração de pobre. O Antigo Testamento, ao falar de misericórdia, não usa a palavra ‘coração’, mas útero (rahamim). O misericordioso é aquele que tem espaço interior para acolher a vida, as pessoas, isto é, quem tem bondade, piedade, compaixão, perdão e clemência, enfim, um coração bondoso e repleto de amor voltado para as misérias alheias. Ser misericordioso é ter um coração piedoso voltado para as misérias e desgraças de outrem.
A Festa da Divina Misericórdia é uma herança espiritual do Papa João Paulo II, “Apóstolo da Divina Misericórdia”. “Fora da misericórdia de Deus não há outra fonte de esperança para os seres humanos”.
Sua mensagem, como a de Santa Faustina, apresenta o rosto de Cristo, revelação suprema da Misericórdia de Deus. Contemplar constantemente esse rosto: esta é a herança que nos deixou, que acolhemos com alegria e fazemos nossa.
Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.
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