Na Liturgia deste Domingo, veremos, na 1ª Leitura (Sf 3,14-18a), que a Comunidade de volta do exílio inicia uma nova história na qual o próprio Deus estará no meio do povo, como Salvador: “Alegra-te de todo o coração, cidade de Jerusalém, não tenhas medo, Sião. O Senhor, teu Deus, está no meio de ti, como poderoso Salvador.”

Na 2ª Leitura (Fl 4,4-7), o Apóstolo Paulo nos diz que Deus está próximo e nos oferece mais do que pedimos e merecemos. Ele nos aponta que a bondade é o segredo para viver em equilíbrio e alegria. Ele nos diz, também, que pequenos gestos de solidariedade, em meio aos sofrimentos e inquietações da vida, farão bem ao nosso coração e nos trará a paz que tanto necessitamos.

No Evangelho (Lc 3,10-18) vemos quais são as ações necessárias para uma vida sadia: amor, partilha, justiça etc. Devemos dar respostas concretas aos males que nos afligem.

Vemos, também, nesse Evangelho, qual é a missão de João Batista: anunciar e denunciar. Ele representa todas as pessoas iluminadas (desde a criação percebemos o itinerário da luz: Gn 1,1ss “Haja luz”; Jo 1,1ss “E a Luz veio para os seus…”; Mt 5,13-16 “Vocês são a luz do mundo”), cheias de Deus, que apontam saídas e esperança aos que querem desistir do caminho do bem.

Quais são os sinais dos tempos hoje? São de graça, perdão, justiça ou de desunião e destruição? O Evangelista São João soube ver os sinais dos tempos. Qual é o lugar de João? Ele não ocupa o lugar de Jesus, não se aproveitou da ‘fama’, ele é simplesmente seta, indica o caminho, sai de cena discretamente: “Convém que Ele cresça e eu diminua” (Jo 3,30). Qual é também o nosso papel frente à realidade que nos cerca?

Concluindo esta reflexão, afirmo que a Igreja chama este 3° Domingo do Advento de Domingo do “Alegrai-vos”. Esta alegria nos vem porque o Senhor está próximo, portanto, nos alegramos em um fundamento sólido e não em coisas passageiras.

Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.

Pe. Leomar Antonio Montagna
Presbítero da Arquidiocese de Maringá-PR

Leia na íntegra: arquidiocesedemaringa.org.br