†Na Liturgia deste Domingo, veremos, na 1ª Leitura (Jn 3,1-5.10), que, no século IV antes de Cristo, o povo judeu era dominado e oprimido pela Assíria, país pagão, muito detestado por eles. Diante disso, muitos achavam que Nínive, capital desse país, deveria ser destruída. Deus se preocupa com o destino de Nínive, se preocupa com o destino das nações, se preocupa com o nosso destino. Nínive é cada um de nós, é o mundo em que vivemos, é o pecado que nos atinge.
Na 2ª Leitura (1Cor 7,29-31), o Apóstolo Paulo nos transmite alguns ensinamentos: não absolutizar as coisas e pessoas. Buscar, em primeiro lugar, o Reino de Deus. O fim não é possuir mais, mas amar mais. O que permanece é o bem que realizamos, a caridade, a partilha.
No Evangelho (Mc 1,14-20), apresentamos algumas chaves de leitura que poderão nos ajudar na compreensão do texto:
1°) João Batista foi preso – quais foram as causas?
2°) Jesus foi evangelizar na Galileia – levou a Boa Nova, mensagem de salvação num lugar de marginalidade. Qual era a visão que se tinha em relação à periferia: “De Nazaré pode vir algo de bom?”
3°) Jesus anuncia que o Reino está próximo – a atividade de Jesus é pregar o Reino, vitória do bem, romper com os esquemas do mal. Evangelizar é tornar o Reino de Deus presente no mundo, pois ele não é apenas uma realidade espiritual, mas atinge o ser humano em todas as suas dimensões.
O Papa Francisco, na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium (A Alegria do Evangelho), nos adverte para tomarmos cuidado com o que pregamos, “pois, em muitos lugares, a caridade e outras virtudes acabam ficando obscurecidas, precisamente aquelas virtudes que deveriam estar mais presentes na pregação e na catequese. E o mesmo acontece quando se fala mais da lei que da graça, mais da Igreja que de Jesus Cristo, mais do Papa que da Palavra de Deus” (EG, 38).
Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.
Pe. Leomar Antonio Montagna
Presbítero da Arquidiocese de Maringá – PR
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