Na Liturgia deste Domingo, na 1ª Leitura (Is 5,1-7), o profeta Isaías, por meio da parábola da vinha, narra a história do amor de Deus e a infidelidade do seu Povo. Deus, o dono da vinha, fez de tudo para que o povo vivesse o direito e a justiça, mas a decepção foi grande: a vinha só produziu uvas azedas.
Na 2ª Leitura (Fl 4,6-9), vemos que o apóstolo Paulo, na prisão, em meio a conflitos e sofrimentos, não se brutaliza e nem perde a ternura. Paulo apresenta virtudes concretas que os cristãos devem cultivar. São os frutos que Deus espera de sua vinha.
O Evangelho (Mateus 21,33-43) retoma o mesmo tema da vinha, em ambas as parábolas; nós, a Igreja e toda a terra, somos a vinha do Senhor. Deus nos ampara de muitas formas, investe muito em nós e, por isso, espera mais. “A quem muito foi dado, muito será exigido; e a quem muito foi confiado, muito mais será pedido” (Lc 12,48). O que Ele espera de nós?
Se os textos da vinha nos dizem que nós somos os vinhateiros responsáveis pelo crescimento e condução da vinha, como foi que ela virou terra devastada? Nela deveria reinar o direito, mas vigoram impunemente as arbitrariedades, deveria florescer a justiça, mas eis que ela é parcial. Os vinhateiros homicidas não querem ouvir a voz profética, vivem num egoísmo absoluto, colocam seus interesses pessoais acima de tudo, por isso qualquer mensagem contrária aos seus interesses é incômoda; vivem fechados à voz de Deus que quer falar aos seus corações, por isso “o Reino de Deus lhes será tirado e será entregue a um povo que produza frutos”. Agora, só nos resta esperar por novos vinhateiros que acolham a mensagem do Filho enviado.
Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.
Pe. Leomar Antonio Montagna
Presbítero da Arquidiocese de Maringá – PR
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