Na Liturgia deste Domingo, na 1ª Leitura (Ez 18,25-28), o profeta Ezequiel nos chama a atenção quanto à boa conduta e quanto à nossa responsabilidade em fazer a diferença diante de um mundo degenerado. A pergunta que nos vem é sobre a causa da má conduta ou o porquê do consentimento ao mal que constatamos em nossa realidade.

Na 2ª Leitura (Fl 2,1-11), o apóstolo Paulo nos interpela dizendo que nossa conduta deve sempre visar ao bem: “Nada façais por competição ou vanglória, mas que a humildade vos ensine a considerar os outros superiores a vós mesmos. Cada qual tenha em vista não os seus próprios interesses, e sim os dos outros. Tende entre vós o mesmo sentimento que existe em Cristo Jesus e não haja divisões no meio de vós”.

No Evangelho (Mateus 21,28-32), somos convidados, embora nos seja dado o livre arbítrio, a escolher sempre o bom caminho, somos convidados a produzir frutos para o Reino, pois são os frutos que contam, não os rótulos, importa mais fazer o bem do que “só falar bem”. O que conta é o testemunho de vida, comunhão com Deus, conversão. Não haverá humanidade nova, se não houver, em primeiro lugar, pessoas novas que firmam suas vidas na potência divina. “O homem contemporâneo escuta com melhor boa vontade as testemunhas do que os mestres, ou então, se escuta os mestres, é porque eles são testemunhas”, já dizia o Papa Paulo VI (Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi sobre a Evangelização no Mundo Contemporâneo, 41).

O Evangelho nos diz que sempre é possível mudar para melhor e, ao invés de falar só dos dois filhos, poderíamos dizer três filhos: o que diz NÃO, mas vai; o que diz SIM, mas não vai, e o que diz SIM e é coerente. Com qual dos três filhos nos parecemos?
Sempre é tempo de mudar. Tomemos cuidado, pois, com os que são muitos solícitos em condenar a “mulher adúltera”, mas coniventes com Herodíades.

Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.

Pe. Leomar Antonio Montagna
Presbítero da Arquidiocese de Maringá – PR