Na 1ª Leitura, Deus nos diz que todos somos sentinelas, responsáveis, vigilantes dos tesouros, lembrando que os maiores tesouros são as pessoas. Portanto, diante dos perigos que ameaçam a vida humana, o profeta é a ‘boca de Deus’, ouvi-lo ou rejeitá-lo é colocar em jogo nossa própria salvação.

Na 2ª Leitura, o apóstolo Paulo ensina que a vivência do amor é a maior prova de cumprimento da lei e sugere que o amor seja o modo para corrigir o irmão que erra. Faz parte do amor corrigir com humildade o irmão que está errado. A correção fraterna é fácil quando animada pela caridade; a verdade é uma virtude, mas a caridade é a maior das virtudes.

O Evangelho nos chama a atenção sobre a maior virtude que é a caridade. Deixar um irmão se perder é se perder junto com ele. A culpa pelo mal não está só em quem o pratica, mas, também, naquele que poderia ter ajudado a evitá-lo.

Importante, para diminuir o mal, ou vencê-lo, é a oração, principalmente em família ou em comunidade: “Uma família ou comunidade que reza, é uma família ou comunidade que se salva”.

Santo Agostinho nos diz: Não se distingam as ações humanas a não ser pela raiz da caridade. Uma vez por todas, foi-te dado somente um breve mandamento: Ama e faze o que quiseres. Se te calas, cala-te movido pelo amor; se falas em tom alto, fala por amor; se perdoas, perdoa por amor. Tem no fundo do coração a raiz do amor: dessa raiz não pode sair senão o bem! (Santo Agostinho. Comentário da 1ª Epístola de São João VII, 8).

A vivência da tríplice dimensão – escuta da palavra, comunhão fraterna e compromisso com a justiça – alimenta e expressa a espiritualidade ‘batismal’ que configura o cristão com Cristo e o faz viver como filho, irmão e servidor. “O trabalhador não deve receber a título de esmola aquilo que lhe cabe por direito; não é permitido furtar-se às graves obrigações impostas pela justiça, concedendo méritos a título de misericórdia” (PIO XI. Encíclica Divini Redemptoris).

Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.

Pe. Leomar Antonio Montagna
Presbítero da Arquidiocese de Maringá – PR