Jesus vai à Jerusalém, isto é, assume o compromisso com a cruz. Essas são as condições para o seguimento: renunciar a ser o centro de si mesmo ou a buscar o caminho mais fácil, ter medo das consequências. Não fazer como Pedro, que queria um caminho mais fácil, com isso, tornou-se um obstáculo ao Reino. Jesus vence essa tentação. Alguns querem seguir Jesus do jeito que pensam, imaginam ou querem, mas não necessariamente devemos oferecer ao povo o que este quer, mas o que precisa.

Jesus é o centro: “Convém que Ele cresça e eu diminua”. O mundo e os bens não são o fim último para o ser humano. É preciso renunciar aos apegos, mesmo aos mais afetivos. O mundo se torna menos humano à medida que deixamos de seguir o Cristo.

Jesus retribuirá a cada um de acordo com sua conduta: O céu ou o inferno começam aqui, na história. O ser humano é o único que sabe e pode antever o seu fim. Mas aqui mesmo, antes de passarmos à vida eterna, há recompensas existenciais importantes quando nos doamos ao que é bom e justo. O Senhor espera que façamos o bem nas coisas de nosso dia a dia.

Recentemente, o Papa Francisco assim se expressava, em uma de suas homilias:
“Quando tocamos em algo, deixamos as nossas impressões digitais. Quando tocamos as vidas das pessoas, deixamos nossa identidade. A vida é boa quando você está feliz; mas a vida é muito melhor quando os outros estão felizes por causa de você. Seja fiel ao tocar os corações dos outros, seja uma inspiração. Nada é mais importante e digno de praticar do que ser um canal das bênçãos de Deus. Nada na natureza vive para si mesmo. Os rios não bebem sua própria água; as árvores não comem seus próprios frutos. O sol não brilha para si mesmo; e as flores não espalham sua fragrância para si. Jesus não se sacrificou por si mesmo, mas por nós. Viver para os outros é uma regra da natureza. Todos nós nascemos para ajudar uns aos outros. Não importa quão difícil seja a situação em que você se encontra; continue fazendo o bem aos outros”.

Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.

Pe. Leomar Antonio Montagna