Na Liturgia deste Domingo, veremos, na 1ª Leitura (Is 22,19-23), que Deus pede seriedade e empenho na administração do seu reino. Somente sob a inspiração do seu amor e verdade é possível exercer, com fidelidade, tal missão.

Na 2ª Leitura (Rm 11,33-36), o apóstolo Paulo apresenta um hino de louvor que exalta a sábia e misteriosa misericórdia divina. Deus, apesar de todos os pecados dos homens, continua a planejar caminhos novos e impensados para levar-lhes a salvação.

No Evangelho (Mt 16,13-20), vemos que Jesus se dedica à formação dos discípulos e, então, pergunta a eles: “Quem dizem os homens que eu sou?” Quais foram as respostas das multidões, de Pedro e da elite no poder? Conforme cada visão de Deus, resulta uma prática de vida, uma opção, um testemunho.

Deus, ao se revelar, mostra sua proposta (Projeto) para o homem. Este Projeto, Deus revelou, de maneira especial, por meio dos profetas, no Antigo Testamento.

Jesus, ao se revelar (em comunhão com o Pai e o Espírito Santo), continua com o mesmo Projeto de vida para todos (Lc 4,16-21). Jesus confirma esse Projeto, quando diz “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10).

Este projeto do Reino de Deus deve continuar na vida da comunidade: Mt 5,13-16 e 1Pd 2,9-12 “Vocês são raça eleita, sacerdócio régio, nação santa, povo adquirido por Deus, para resgatar seu Projeto”.

Pedro somos todos nós: somos capazes do melhor e do pior, ao mesmo tempo. Do pior: só aceitamos Jesus quando Ele atende nossas necessidades mais urgentes, quando queremos um Jesus de sucesso, de espetáculo, sem cruz, messias, rei poderoso, triunfante e não servo sofredor. Quando Ele exige nosso compromisso, desaparecemos. Enfim, queremos mudar Jesus e defini-lo conforme nossos caprichos.

Do melhor: quando damos continuidade a seu projeto. “Tu és o Messias, O Filho do Homem” (estar consciente, pés no chão, comprometido, abraçamos a nossa condição humana).

Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.

Pe. Leomar Antonio Montagna
Presbítero da Arquidiocese de Maringá – PR