Na Liturgia deste Domingo veremos, na 1ª Leitura (Is 40,1-5.9-11), o anúncio festivo do retorno, já próximo, do povo da Babilônia para Jerusalém. O Profeta Isaías anuncia que terminou o tempo da escravidão e, com o perdão de Deus, todos devem começar uma nova vida.

Na 2ª Leitura (2Pd 3,8-14), o Apóstolo Pedro nos fala que Deus aguarda com paciência nossa conversão, de modo que possam realizar-se suas promessas de salvação. O texto não fala de fim do mundo, mas de uma transformação em “novos céus e nova terra”, da humanidade renovada.

No Evangelho (Mc 1,1-8), Marcos apresentando-nos o Profeta João Batista, precursor de Jesus, que nos convida à conversão e que nos aponta o caminho para acolher o Messias Libertador. Neste texto, devemos considerar alguns pontos como chaves de leitura:

1° – Qual é o papel do Profeta?

2° – O cristão deve apresentar ideais, projetos que levem à plenitude da vida, serenidade, harmonia. “Produzi frutos que provem a vossa conversão” (Mt 3,1).

3° – O líder tem consciência das dificuldades, consciência de ser uma “voz que grita no deserto”. Deserto é o lugar de provação, de purificação, meio, não fim. Implica formas diferentes de viver.

Devemos ver, em João Batista, a própria Igreja, quando aponta os caminhos que precisamos endireitar em nós. O Batista nos ensina a ver as causas, o porquê alguém não anda na retidão, a não julgar somente pelas aparências.

Deus vem a nós por meio de Jesus, para nos dar coragem e ânimo. Em Jesus, há um futuro melhor, há conserto, por maiores que sejam as tragédias, dificuldades e sofrimentos. Há esperança. Ele nos dá a garantia da vitória, mesmo se o placar do ‘jogo da vida’ nos for desfavorável, na fé, ao final, a vitória nos é assegurada. “Nele nós somos mais que vencedores”.

Neste advento, preparemo-nos para a chegada vitoriosa do Senhor. O Advento deve ser um tempo de grande preparação espiritual. A partir do Natal, Deus é revelado em Jesus: “Quem me vê, vê o Pai!” “Eu e o Pai somos um!” Natal é a esperança que se renova.

Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.