
Na Liturgia deste Domingo, recordamos as tentações de Jesus e as nossas tentações de cada dia. Jesus não caiu na armadilha do diabo, porque estava cheio do Espírito Santo e era guiado por ele. Jesus responde não às propostas malignas, com a segurança que vem das Escrituras: “está escrito”; Jesus traz a Palavra de Deus para dentro da vida e, com isso, não permite que as tentações façam estragos e o desviem do projeto do bem.
O Tempo da Quaresma e do Ano do Jubileu Extraordinário da Misericórdia é o tempo privilegiado da peregrinação interior até aquele que é a fonte da misericórdia: tempo de preparação para as festas pascais; memória dos 40 dias que Cristo passou no deserto, levado pelo Espírito; revivemos a caminhada do povo de Israel no deserto, saindo da escravidão rumo à Terra Prometida; tempo de revisão de vida, de renúncia, de oração, jejum e gestos de solidariedade.
Deserto são as práticas penitenciais que fazemos, são os retiros, os lugares de silêncio, a solidão, o despojamento etc. Deserto é crise, meio e não fim; é sofrimento. É lugar de encontro consigo mesmo, lugar de encontro com o transcendente, experiência com Deus, que nos interpela, que nos chama para que voltemos a Ele de todo coração.
Também nós seremos tentados por três lados fracos: ter, poder e prazer (glória). Então, o que fazer? Rejeitando as tentações do inimigo, ensinou-nos a sufocar a força do pecado. E os meios que usou foram: a oração – sem oração, é como um soldado sem água, comida e munição. O jejum: é um treinamento no conhecimento próprio, é uma arma chave para o autodomínio. Se não temos domínio sobre nossas próprias paixões, não podemos nos possuir a nós mesmos e pensar nas carências dos nossos irmãos. O desprendimento das coisas nos fará muito bem para encher-nos de Deus. A humildade é arma eficaz contra o nosso orgulho. A proteção maior contra o egoísmo é buscar a Deus humildemente na oração.
Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.
Pe. Leomar Antonio Montagna
Presbítero da Arquidiocese de Maringá-PR
Leia na íntegra: www.arquidiocesedemaringa.org.br
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