Na Liturgia deste Domingo, veremos na 1ª Leitura (Sb 12,13.16-19), que o povo Judeu que vivia fora de Jerusalém e professava a fé em Deus começou a ser influenciado pela cultura pela cultura perversa. Com isso, as pessoas se tornavam vítimas e reprodutoras dessa cultura, perdiam a identidade e mergulhavam num grande sofrimento.

Na 2ª Leitura (Rm 8,26-27), o apóstolo Paulo nos diz que, devido ao nosso egoísmo, muitas vezes, não conseguimos enxergar o caminho. É o clamor do Espírito que nos dirige, então, orientando-nos, conforme a vontade de Deus.

No texto do Evangelho: de onde vem o joio (mal)? Quem o plantou? Onde estão as causas do mal no mundo? Na luta entre o bem (trigo) e o mal (joio), quem vencerá? Entre uma luta de dois cachorros ferozes: um do bem e outro do mal: quem vencerá?
Aquele que alimentarmos mais.

No coração de cada um de nós, há muito de trigo e há muito de joio, paciência e intolerância. Joio é o pecado, a inclinação ao mal, desunião, fofocas, raiva, falsidade, promiscuidade, má doutrina, degeneração, falta de aprofundamento nas questões fundamentais…

Diante do mal, o que podemos fazer? Plantar mais trigo (multiplicar o bem), reforçar valores: amizade, generosidade, respeito, alegria, perdão, prazer em servir etc. Nesta empreitada, podemos contar com o Espírito Santo, pois Ele vem socorrer nossa fraqueza.

O texto do Evangelho nos diz que, também, devemos ser grãos de mostarda: grandes santos, fermento, fermento só funciona na massa, devemos nos misturar, ir ao encontro do outro com amor misericordioso, pois aí está o poder revolucionário e transformador. Lembremos que Deus veio ao nosso encontro, Ele nos amou primeiro, ainda quando éramos pecadores.

Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.

Pe. Leomar Antonio Montagna

Presbítero da Arquidiocese de Maringá – PR