
Reflexão – 12º Domingo do Tempo Comum, Ano C – 22/06/2025
Na Liturgia deste Domingo, veremos, na 1a Leitura (Zc 12,10-11; 13,1), que Jerusalém, considerada como centro do mundo, é o lugar onde Deus mostra sua compaixão e proteção ao povo ‘transpassado’ pelo sofrimento causado por tantas violações dos seus direitos fundamentais. Deus é solidário com o povo arrasado que chora, lamenta e clama a misericórdia. Deus purifica e derrama sua graça para que todos voltem o olhar para Ele.
Na 2ª Leitura (Gl 3,26-29), o apóstolo Paulo afirma que, pelo batismo, fomos revestidos de Cristo. Por isso, devemos renunciar à vida velha do egoísmo e do pecado, para viver a vida nova da entrega a Deus e do amor aos irmãos. Pelo batismo, acabam as barreiras entre as pessoas e os povos, agora há uma unidade entre todos os filhos de Deus.
No Evangelho (Lc 9,18-24), vemos que Jesus está a caminho de Jerusalém e, então, pergunta aos discípulos: “Quem dizem os homens que eu sou?” Quais foram as respostas das multidões, de Pedro e da elite no poder? Conforme cada visão de Deus, resultará uma prática de vida, uma opção, um testemunho.
Este projeto do Reino de Deus deve continuar na vida da comunidade: Mt 5,13-16 e 1Pd 2,9-12: “Vocês são raça eleita, sacerdócio régio, nação santa, povo adquirido por Deus, para resgatar seu Projeto”. Uma necessidade, um chamado na história.
Pedro somos todos nós: somos capazes do melhor e do pior ao mesmo tempo.
Do pior: só aceitamos Jesus quando Ele atende nossas necessidades mais urgentes, quando queremos um Jesus de sucesso, de espetáculo, sem cruz. Quando Ele exige nosso compromisso, desaparecemos. Enfim, queremos mudar Jesus e defini-lo conforme nossos caprichos.
Do melhor: quando damos continuidade a seu projeto. “Tu és o Messias, O Filho do Homem”.
Ser povo de Javé significa ser um povo em que não há opressão como no Egito; o irmão não explora o irmão; reinam a justiça, o direito e a verdade; a lei dos dez mandamentos é observada; o amor ao próximo é igual ao amor a Deus; o povo vive e celebra a sua fé, e louva a Deus pelas suas maravilhas.
Pe. Leomar Antonio Montagna
Presbítero da Arquidiocese de Maringá†
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