Na Liturgia deste Domingo veremos, na 1ª Leitura (Is 50,5-9), que o profeta Isaías apresenta uma pessoa anônima (no exílio da Babilônia), chamada por Deus a testemunhar a Palavra da salvação e que, para cumprir essa missão, enfrenta a perseguição, a tortura, a morte. Mas ela confia e guarda a certeza de que o socorro vem do Senhor. Por isso, mesmo quando acusada, tem certeza da vitória.
Na 2ª Leitura (Tg 2,14-18), Tiago nos convida a viver nossa fé com coerência, praticando o bem e a caridade; maior virtude, porém, é a caridade: “A caridade é paciente, a caridade é bondosa. Não tem inveja. A caridade não é orgulhosa. Não é arrogante. Nem escandalosa. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. Santo Agostinho também enaltece a caridade quando diz: “Aquele que tem caridade no coração tem sempre qualquer coisa para oferecer.”
No Evangelho (Mc 8,27-35), vemos que Jesus está a caminho de Jerusalém e, então, pergunta aos discípulos: “Quem dizem os homens que eu sou?” Quais foram as respostas das multidões, de Pedro (Lideranças) e da elite no poder (anciãos, doutores da Lei, chefes dos sacerdotes)? Conforme cada visão de Deus, resultará uma prática de vida, uma opção, um testemunho. Sabemos que o nome de Deus está ligado a um Projeto (CIC 203-213).Deus se revela, se autodefine aos homens. Não é o homem que cria (define) Deus (como era o caso dos gregos e romanos). “Eu vim ver vocês e como estão tratando vocês aqui no Egito. Eu decidi tirar vocês da opressão egípcia e levá-los para uma terra onde corre leite e mel” (Ex 3,16-17). “Eu vi a miséria do meu povo… ouvi seu clamor… conheço seus sofrimentos… desci para libertá-lo.” (Ex 3,7-10). “O que vou responder?… Eu Sou aquele que Sou, este é meu nome” (Ex 3,13-17).
Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.
Pe. Leomar Antonio Montagna
Presbítero da Arquidiocese de Maringá-PR
Leia na íntegra: https://arquidiocesedemaringa.org.br/artigos/1958/reflexao-liturgia-do-xxiv-domingo-do-tempo-comum-ano-b-15-09-2024-14-09-2024
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