Na Liturgia deste Domingo, na 1ª Leitura (Sb 6,12-16), o autor bíblico nos fala que sábio é quem teme a Deus e se afasta do mal. A sabedoria é, ao mesmo tempo, dom de Deus, mas, também, resultado de uma busca humana. Sabedoria é sobressair-se bem diante das questões fundamentais de nossa vida.

Na 2ª Leitura (1Ts 4,13-18), o apóstolo Paulo esclarece que, diante da morte de alguns membros da comunidade, ficavam em dúvida sobre a salvação em Cristo, pois viviam na expectativa de estarem todos vivos para o dia da vinda do Senhor.

No Evangelho (Mateus 25,1-13), Mateus trata do discurso escatológico de Jesus que descreve a conclusão do Reino na terra. “Vigiai, portanto, porque não sabeis nem o dia nem a hora”. A parábola das dez virgens é uma alegoria das núpcias de Cristo com sua Igreja. Na Igreja, as virgens, isto é, os cristãos, caminham juntos ao encontro do Senhor. Mas, infelizmente, uns são bons, vigilantes, fiéis; outros são maus, infiéis, insensatos, centrados em si mesmos. Para estes, fecham-se as portas. No caminho da vida, achavam que os outros poderiam substituí-los, responder por eles, querem aproveitar o azeite (santidade) dos outros e, por isso, improvisam o encontro. Iniciaram a caminhada de fé, mas não se mantiveram alertas.

O momento da vinda de Jesus é desconhecido. É preciso que as virgens, isto é, as comunidades cristãs, estejam abastecidas do combustível das boas obras, preparadas, para o encontro com o Senhor, mediante a prática da justiça (o azeite) e dos valores do Reino. Quem negligenciar esta vigilância, achando ter todo tempo para encontrar o azeite da lamparina, pode-se dar conta de ser tarde demais.

A comunidade sem óleo vive no vazio, é uma comunidade estéril. Mas, qual é a raiz da esterilidade? A ausência de relação intensa e contínua com Deus. É o desconhecimento do Espírito Santo, cujo primeiro fruto é a caridade. A oração, a intimidade com Deus mantêm aceso o amor. Quem ama não esquece da pessoa amada.

Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.

Pe. Leomar Antonio Montagna
Presbítero da Arquidiocese de Maringá – PR