3 º Domingo do Advento

O terceiro domingo do Advento, chamado pela Igreja de domingo do “Alegrai-vos”, recebe este nome pela primeira palavra em latim da antífona de entrada, que diz: “Gaudéte in Domino semper: íterum dico, gaudéte” (Estai sempre alegres no Senhor, repito, estai sempre alegres (Fl 4,4-5).

Neste domingo se acende a terceira vela da Coroa do Advento, cuja cor tradicionalmente usada é a rósea, em substituição ao roxo, para revelar a alegria da vinda do Salvador que está próxima. Representa também, a alegria do rei Davi que recebeu de Deus a promessa de uma aliança eterna.

A liturgia deste terceiro Domingo também nos convida a uma espera alegre. Propõe uma pergunta fundamental: que devemos fazer para nos convertermos de fato e acolher o Messias? O profeta Sofonias (Sf 3,14-18a) nos assegura que, em todas as etapas do caminho de conversão, Deus permanece ao nosso lado. O perdão divino revoga nossas faltas, converte-nos, transforma-nos e nos renova. Por isso, o texto de Sofonias e a carta de São Paulo aos Filipenses (Fl 4,4-7) é um convite à alegria e ao júbilo como reconhecimento da misericórdia divina. Essa alegria, constitutiva da fé cristã, não deve ser alegria que resulta de ganhos materiais, mas aquela que brota em nosso coração porque Deus está presente em nossa vida. O Evangelho segundo São Lucas (3,10-18) apresenta a pregação de João Batista à multidão. João Batista olha para a realidade que o cerca e se dirige à multidão com um apelo à conversão, a qual consiste em uma mudança radical nas atitudes, mostrando que tudo que atenta contra a vida do outro nos afasta de Deus. A pregação de João Batista tem como objetivo preparar o ministério público de Jesus.

Assim, a liturgia desse período do Advento nos diz que Deus vem ao nosso encontro com alegria por meio de Jesus Cristo. Esta alegria nos vem porque o Senhor está próximo, e devemos nos alegrar mediante fundamento sólido e não em coisas passageiras.

Que este tempo de preparação para a vinda do Senhor seja para nós uma oportunidade de testemunhar Jesus e responder positivamente à sua proposta de conversão e de discipulado.